Irmãs Concepcionistas

Como dar unidade e sentido à nossa experiência de mundo com os olhos da fé?

O espaço “Sinais dos Tempos”, que agora inicia, em simultâneo com o lançamento do novo site das Irmãs Concecionistas ao Serviço dos Pobres, será um momento semanal de reflexão sobre a descoberta do sentido de ser igreja, num mundo que se impõe cada vez mais complexo, disperso e múltiplo. Como dar unidade e sentido à nossa experiência de mundo com os olhos da fé?

Em cada semana, teremos um tema da igreja e do mundo contemporâneo, da fé e da sociedade, da vida espiritual e da vida secular – alimentado pelo evangelho. Uma igreja que é e que vai sendo, que vive e escuta os sinais dos tempos. Recuperar o conceito de sinais dos tempos representa trazer para o presente o Concilio Vaticano II e toda a mobilização realizada pelo Papa João XXIII, à luz do evangelho (Mt. 16:3, “Sabeis discernir o aspeto do céu, e não podeis discernir os sinais dos tempos?”). Convocou toda a Igreja, para que pudesse refletir sobre si mesma e sobre o mundo. Este pequeno contributo semanal pretende ser uma partilha de discernimento, à luz da fé, dos problemas e acontecimentos sociais e históricos. Num ano de júbilo, construiremos rotas de esperança – mesmo num mundo que teima em viver a guerra -, Deus continua a revelar-se e precisamos de reaprender a desvelar esse sentido da ação de Deus. 

Traçar possíveis caminhos em temas tão diferentes, mas tão próximos como a vivência missionária, a sinodalidade, o diálogo inter-religioso, a pobreza, o papel dos leigos na igreja e no mundo, a mulher na igreja, as migrações, a multiculturalidade, a tecnologia e a inteligência artificial, a literatura, a arte, a cultura, a habitação, a cidadania global, a justiça social, a ecologia, o trabalho, a família, as questões éticas e morais, os fundamentalismos, a democracia, entre outros que o tempo ditará. Terá de ser, necessariamente, um espaço de compromisso com a fé e, simultaneamente, de discernimento livre e racional. Neste nosso tempo, continua a ser imperativo dizer como Sophia, na sua Cantata da Paz “Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar!”. Cantemos a Paz!

Eduardo Marques (Missão Mundo) 
25 de Junho 2025

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“oceano no qual me mergulho e perco” (MI)

Em Deus, a nossa vida encontra o sentido, o seu lugar. Às voltas com Deus, voltamos a casa. Somos procurados, amados e enviados. Somos, infinitamente, buscadores apaixonados de Deus. Vivemos mergulhados no silêncio, na oração, na contemplação, no serviço e no encontro, trilhos que permitem a escuta e o espanto perante a possibilidade do Outro, de ser palavra sua e reino seu, espaço de bondade e beleza que revela Deus.