Irmãs Concepcionistas

Da planície alentejana à escola de Belas-artes, Maria Isabel da Santíssima Trindade, fundadora da Congregação das irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, mais do que percorrer montes e planícies, deixou-se atravessar inteiramente por Deus.
De uma família abastada, acolhe o privilégio da pobreza e da pequenez que privilegia o outro.
Nasceu em Sta. Eulália, Elvas, a 1 de fevereiro de 1889. De pele clara e olhos castanhos vivos, alegre e sensível, apaixona-se pelo João e casam-se a 20 de março de 1912. Em 1922, morre o João de doença prolongada e viu-se vazia e sem rumo.
A 20 de março de 1936, assume a direção da Casa de Retiros de Elvas, a pedido do arcebispo de Évora e surge um novo horizonte. No encontro com as Monjas Concepcionistas, o Senhor revela a sua vontade: ser concepcionista ao serviço dos Pobres.
Em 1939, muda-se para as ruínas de um antigo convento de clarissas, despoja-se dos seus bens e passa a viver pobremente, numa aproximação maior ao Deus pobre e frágil.
A 5 de julho de 1955 é aprovada, pela Igreja, a congregação, o carisma e a missão Concepcionista ao serviço dos Pobres.
De Portugal à missão em Moçambique, Timor-Leste, México e Itália, irmãs e leigos fazem-se pobres para privilegiar os pobres.

 

“oceano no qual me mergulho e perco” (MI)

Em Deus, a nossa vida encontra o sentido, o seu lugar. Às voltas com Deus, voltamos a casa. Somos procurados, amados e enviados. Somos, infinitamente, buscadores apaixonados de Deus. Vivemos mergulhados no silêncio, na oração, na contemplação, no serviço e no encontro, trilhos que permitem a escuta e o espanto perante a possibilidade do Outro, de ser palavra sua e reino seu, espaço de bondade e beleza que revela Deus.